Muitos profissionais têm dificuldade de colocar preço no próprio trabalho. De cara eu desconfio desse tipo de fornecedor…antes que você comece a pensar que sou muito radical e generalista, vou explicar. O profissional que tem essa dificuldade, no mínimo, não fez a contabilidade básica dos seus gastos, não tem um plano de negócios nem noção do valor da hora trabalhada e, evidentemente, não deve pagar impostos. Isso acontece em todas as áreas e é muito comum nas áreas de design, marketing e propaganda.

Para deixar as coisas mais claras ainda, tenho que lembrar que existe a figura do free lancer. Sei que existem profissionais que optam por essa forma de trabalho e eu mesmo já fui um freela por algum tempo, durante minha transição para empresário. Geralmente o preço do free-lancer é mais barato quando comparado com uma empresa. O bom profissional sabe suas limitações e deve ser capaz de atender seu cliente com seriedade e sinceridade, muitas vezes, montando uma equipe e até um estúdio temporário para isso. O bom profissional deve conhecer a tabela básica de sua associação ou sindicato, são parâmetros não apenas de preço, mas também de qualidade de serviço e atendimento.

Quando entramos para o mundo empresarial aprendemos muito sobre negociação, aprendemos também que equilibrar gastos, investimentos e lucros é fundamental para o sucesso da empresa. A cultura geral ensina que devemos pagar sempre mais barato pelos insumos, serviços e produtos que precisamos ou desejamos. Basta dizer que a maioria das licitações no país, com base na lei 8666 é feita a partir da concorrência pelo menor preço.

Se você é do tipo que mantém sua atenção apenas na carteira na hora de negociar, então este texto não é para você. Mesmo assim, sugiro que leia o próximo parágrafo. Se não se convencer, pode ir para o próximo post. No entanto, se você sabe que o preço de mercado oscila à medida que ele tem valores agregados, continue comigo, acho que vamos ter muito o que conversar, ah! e pode pular o próximo parágrafo.

Várias razões fazem com que um preço de mercado oscile, entre eles, a qualidade dos insumos e matéria-primas. O design e a ergonomia do objeto, o custo de produção (que pode variar de acordo com o tamanho do fabricante), também contam. O custo de transporte e embalagem, valor da marca, investimento no protótipo, em propaganda e marketing, entre outros, também devem ser somados.

Quando falamos de serviços, as coisas se complicam um pouco. A prestação de serviço resulta, de certa forma, em um produto impalpável e que depende da satisfação do cliente para atingir o êxito.

Já o preço final de um serviço, além dos custos básicos, leva em consideração itens um pouco mais subjetivos:

• expertise dos profissionais (empresa) envolvidos
• dificuldade do trabalho a ser executado
• prazo de elaboração, produção e entrega
• tempo de atuação da empresa no mercado (o valor da marca)
• tamanho da equipe envolvida
• conceito do serviço (que pode variar de empresa para empresa)
• custos de materiais e equipamentos utilizados

Isto é só para termos uma ideia, pois, uma planilha de custo deve ser muito mais detalhada.

O motivo pelo qual digo que o barato não existe.

Sim, não digo isto sem pensar. Analise comigo, vamos supor que você está contratando os serviços de um médico e ele apresenta um preço de 150 reais pela consulta, enquanto um outro médico, o médico 2, lhe cobraria 250 reais, os dois atendem como clínica geral.

Qual é o perfil do primeiro médico?

Digamos que ele atenda em sua própria casa, portanto, não paga aluguel, as contas de manutenção (água e luz) são dividas entre as despesas da empresa e da família, também não gasta com transporte casa/trabalho e não tem uma secretária/atendente, já que ele mesmo cumpre esta função. Até aqui, já percebemos que o custo dele pode ser mais barato que o do outro médico e que isto não implica, necessariamente, na qualidade dos serviços.

Bem, continuemos criando o perfil desse médico.

Os equipamentos para exames que ele utiliza não são atualizados, vieram de um outro médico da família que reformou seu consultório. Ele formou há pouco mais de 6 anos e está clinicando em seu próprio consultório há 3 anos, aproximadamente. Cada consulta tem a duração de quarenta minutos a uma hora.

Qual o perfil do segundo médico?

Em termos estruturais, é o contrário do anterior, seu consultório está instalado em um prédio do tipo centro clínico, ele tem que usar um transporte, diariamente, para se locomover entre a casa e o trabalho, compartilha as contas de energia elétrica e água à medida que paga aluguel e condomínio ao centro clínico, mantém uma secretária e os equipamentos que utiliza são de última geração. Podemos dizer que, até aqui, não há, necessariamente, grande impacto na qualidade final dos serviços.

Porém, para fecharmos esse perfil, imaginemos, que este médico formou há mais 20 anos e vem clinicando em seu consultório há 12. Mantém uma jornada dupla atendendo em 2 hospitais desde que iniciou sua residência médica e o tempo médio de suas consultas é de uma hora e quarenta minutos. Os dois se formaram em ótimas universidades.

Tá vendo? não precisa muito. Apenas a experiência do segundo médico, um conceito um tanto subjetivo, já convenceria você de que o valor de 250 reais pode ser justo, enquanto o valor do primeiro médico, se analisado sob essa ótica, nos pareceria caro. Sem levar em conta que com saúde não se brinca. E não se brinca mesmo, seja a saúde do indivíduo ou da sua empresa.

Esse é o raciocínio de muitos empresários que reduzem seus custos sem perceberem que estão pagando caro ao abrirem mão da qualidade final de suas entregas. O barato sai caro, já que você terá que pagar novamente pelo mesmo serviço em um período curto de tempo para colocar o carro nos trilhos.

Aprendi, nas minhas andanças e conversas que o melhor preço é o “preço justo”, mesmo que barato e caro sejam conceitos comparativos entre a concorrência, não devemos dar a essa comparação o peso de nossa decisão. O preço justo é formado por um tripé:

Para fazer essa análise é preciso pesquisar entre os fornecedores. Uma pesquisa pode gerar muitas surpresas, entre elas está a descoberta dos valores agregados ao serviço que podem levá-lo ao entendimento correto do preço final, permitindo, assim, um resultado muito superior naquilo que você entrega ao seu cliente final.

Converse com os fornecedores e não se limite a pedir orçamentos e compará-los. Busque todo tipo de informação possível sobre a empresa/profissional que poderá atendê-lo.

Procure conhecer os trabalhos já executados e os clientes que já foram atendidos. Colher alguns depoimentos poderá ajudá-lo. Outra coisa importante é saber que um profissional de uma área diferente da sua, entende mais que você (do serviço ou matéria-prima em questão) e pode ajudá-lo a aprimorar o seu desejo ou necessidade inicial, otimizando os resultados finais para você e sua empresa.

E quando o valor que tenho para investir é menor que o preço do serviço?

Uma solução profissional pode ser adequada à sua necessidade e, em muitos casos ao seu potencial de investimento. Não se acanhe. Isso ocorre em pequenas empresas e com empreendedores iniciantes. Procure sempre chegar ao melhor fornecedor que seu dinheiro puder pagar, proponha parcerias, esteja aberto a buscar uma solução para obter o melhor, o top 100, não se intimide e pense grande. Afinal, o que está em jogo, repito, é a qualidade final daquilo que você irá entregar ao seu cliente.

Pensando nisto, estamos oferecendo uma consultoria grátis, assim, você poderá iniciar uma conversa conosco sem nenhum compromisso. Comece agora a entender melhor como poderá suprir suas necessidades para iniciar ou dar continuidade ao seu negócio nas áreas de comunicação, design e marketing. Nesta conversa pretendemos ajudá-lo a sair da área de conforto para que os horizontes possam ser ampliados.

Para finalizar, deixo essas frases do grande Steve Jobs, um dos mais inteligentes e tenazes empreendedores que já vi:

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